Bruno Chiquito

Chiquito: O Cara do Plastimodelismo

Se você é do plastimodelismo, com certeza já ouviu falar do Bruno Chiquito. O cara é uma lenda e começou sua jornada nesse hobby lá por 1997. Formado em engenharia de produção, já explorou diversos caminhos, de barista a ciclista courier. Mas o que realmente o move é o “plásti” e nessa área já passou por quase tudo: “só nunca tive fábrica de kits”, brinca.
A paixão veio de uma lembrança de infância. Aos cinco anos, viu seu pai e irmão montando um kit e, mesmo que não tenha saído perfeito, aquilo ficou na memória. Crescendo em São Paulo, estava cercado de comércio de modelismo. “Lembro de matar aula na escola para ir xeretar nas lojas”. Assim nascia mais um hobbysta.
Começou a montar kits quando ainda estava no colégio e as aulas de plastimodelismo ajudaram a pagar sua faculdade.
Desde então, se jogou de cabeça no hobby, se tornando professor, juiz em evento, lojista online, importador de kit, montador comissionado, colunista de revista e blogueiro.
Hoje, leciona plastimodelismo, aerografia e pintura de figuras, faz workshops, participa de bancadas de GPs, cria conteúdo para o YouTube e é streamer de montagem na plataforma.
Em seu canal, padrinhos e membros colaboradores têm benefícios. “Eles ajudam mensalmente com a quantia que podem (partir de 5 reais) e como incentivo, entregamos algumas vantagens como descontos nos parceiros, uma live restrita por semana, conteúdo exclusivo, workshops online e acesso antecipado aos vídeos”.
Com seu jeito descontraído e divertido de encarar o hobby, suas frases famosas “Preguiça não monta kit”, “Se tá fácil é porque está errado” e “Primer é cinza” mostram que ele leva o trabalho a sério, mas com muito humor.
Apesar de ter ganhado vários prêmios, o que mais valoriza são os troféus dos seus alunos, como o “Best of Show” que dois deles ganharam com a sua ajuda.
Chiquito se inspira na história das guerras e é fã de Isaac Asimov, além de ser influenciado artisticamente por Koike Shigeo (ilustrador de avião), H. R. Giger (aerografista) e Boris Vallejo (ilustrador de fantasia).
Em relação aos kits montados de um modo geral, acredita já ter passado de mil. Um avião segunda guerra escala 1/48 ou um carro antigo de corrida estão estre as suas preferências. E se o assunto for desafio, kits Short Run ainda tiram o seu sono toda vez que precisa encarar algum.
Entre suas montagens memoráveis estão a de um Shideen Hasegawa 1/72, montado em menos de 12 horas em uma live, e um M2 Stuart 1/35 da Academy, entregue após 9 horas de trabalho. O mais demorado foi um Bismarck 1/200 da Amati, que levou 4 anos e aproximadamente mil horas de trabalho, sendo o maior e mais marcante, tanto pelos desafios quanto pelos momentos únicos. “Foi o maior calote que eu já tomei”.

Embora tenha experimentado de tudo no plastimodelismo, se dedica principalmente à pintura e aerografia, que são suas verdadeiras paixões, e segue seu estilo: “Defino minhas montagens como divertidas. Hoje me permito ser menos perfeccionista, me preocupar menos com detalhes, me divertir mais com o modelo e me estressar menos. A maior lição diária que o plastimodelismo nos ensina é que o que nos separa dos nossos objetivos é perseverança, trabalho e dedicação. Preguiça não monta kit, medo não monta kit e kit não se monta sozinho.”

Ping Pong
Preferência de kit: Avião alemão 1/48 com pintura mais diferente possível
Marca preferida: Tamiya
Escala preferida: 1/48
Prêmio do coração: Qualquer um que não caia na minha cabeça e me machuque.
Montagem do coração: Bf-109 E4 zvezda 1/48 pintura de inverno do piloto Hanz Zimmer, naquele eu estava inspirado…
Outro hobby? Ciclismo, pintura de figuras e games
Conselho em uma palavra: persevere
Dica de ouro: Siga sua intuição, se algo parece errado, é porque está errado.
Referência nacional: Marcelo Guerra e Paulo Rago, meus mestres.
Referência gringa: Bret Green, Tom Gringat e Moses Yao
Se o plasmimodelismo acabar eu… espero não estar mais por aqui.