João Freire
João Freire, advogado e piloto de avião e helicóptero, leva sua paixão pela aviação para o plastimodelismo, criando dioramas premiados cheios de movimento e realismo. Cada obra combina detalhes minuciosos, figuras, veículos, cenários e pintura cuidadosa, transformando o plástico em miniaturas vivas. Suas cenas aéreas, navais e terrestres contam histórias, impressionam pelo impacto e refletem sua criatividade, disciplina e prazer em cada montagem, tornando cada peça única e envolvente.
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Descrição
Momentos da vida eternizados em miniatura
Nascido e criado em Campinas, João Freire se define como alguém que “tem o ar nas veias”. Advogado de profissão e piloto de avião e helicóptero por paixão, sempre buscou em sua vida a mesma emoção que mais tarde levaria para a bancada.
O plastimodelismo entrou cedo em sua história, por volta dos sete anos, e acompanhou sua infância até os 14. Mas foi só aos 48 que voltou a modelar. Hoje, aos 52, acumula dioramas premiados, amizades e muitas histórias para contar.
Ao falar de seu estilo, é direto: gosta de trabalhos que impressionam, que passam vida, impacto e sejam divertidos de fazer. “Não é um avião parado no chão com um boneco. É um avião voando. Não é um barco estático. É um barco navegando ou afundando e gente se mexendo. Minhas cenas têm movimento, contam uma história”, explica.
Imagine um avião cercado por mecânicos abastecendo, um caminhão passando ao lado, tratores em movimento, figuras em plena atividade, como em uma base aérea real. Essa é a marca registrada de João: criar cenas que respiram ação.
Essa característica já lhe rendeu prêmios em grandes eventos, como em São Paulo (GPPSD/PAMA) e Campinas (GPC), onde conquistou medalhas com obras que recriaram batalhas aéreas, cenas de pesca no gelo ou até ataques navais com explosões e tiros simulados em resina. Dos prêmios, um B-2 Bomber Spirit (bombardeiro estratégico norte-americano).
Entre tantas montagens, uma das que mais orgulha o plastimodelista é a recriação de uma base aérea russa, com o MiG-29 e um caminhão, recriados exatamente como no dia em que ele teve a experiência de voar naquele avião. Em uma cena de 40 x 80 cm, cada detalhe foi reproduzido: da sujeira do chão, do avião, das figuras, até da bicicleta do mecânico. “Foi como eternizar um momento da minha vida em miniatura”, lembra.
O que mais diverte João é a pintura e a técnica de envelhecimento. Montar é apenas o caminho até a parte que transforma o plástico em realidade. “A pintura é o grande ponto alto, pois ela transforma o plástico em vida, e o brinquedo em verdade”, diz. É também aí que ele extrai a alma de cada modelo, seja em aviões, navios, helicópteros ou figuras.
E aqui vai um detalhe: sua paixão pela aviação sempre acaba prevalecendo, influenciada pela vida de piloto. “Eu posso até montar um barco afundando, por exemplo, mas esse sendo atacado por um avião… um barco afundando atacado por um submarino, mas sempre tem um avião atacando o submarino”, brinca.
Com cerca de 40 modelos já concluídos, João se encantou com o desenvolvimento do hobby nas últimas décadas. “Hoje temos uma infinidade de materiais, acessórios, técnicas, aerógrafos… É outro mundo se comparado ao passado.”
E nessa evolução toda, dos kits de aeronaves da Italeri que já montou, lembra com entusiasmo do B-52G Stratofortress e do imponente XB-70 Valkyrie, ambos em escala 1/72, sendo o último já premiado como destaque e terceiro lugar em São Paulo e Campinas. “Ele é gigante, lindo e até hoje o bombardeiro mais rápido já produzido. Fiz efeito de velocidade, com os seis afterburners ligados simulando fogo, pintura toda descascada como no modelo real. É uma peça única, com cerca de 80 cm. Foi uma das minhas maiores satisfações.”
Para João, o plastimodelismo é mais do que um hobby: é uma forma de se expressar, aprender e se conectar. “Cada modelo é um livro de história em miniatura. E o mais legal é que, apesar de ser uma prática individualista, você acaba conhecendo gente criativa e muito bacana pelo caminho.”
Um de seus desejos é ver algumas de suas peças eternizadas em museus, como já planeja para o Museu da TAM (Museu Asas de um Sonho), localizado em Itu.
E para quem está planejando iniciar no modelismo, João deixa um conselho: “Escolha um kit simples, pequeno e barato. Não vá pelo tamanho ou complexidade, vá pelo que te brilha os olhos. Só monte se estiver com vontade. O mais importante é que seja prazeroso. O plastimodelismo tem que ser divertido.”
É possível conhecer mais do trabalho desse plastimodelista apaixonado por aviação em sua página no Instagram. Com mais de 30 mil seguidores, ele compartilha não apenas as montagens finalizadas, mas também os bastidores, técnicas de pintura, curiosidades históricas e detalhes que fazem cada peça ganhar vida.
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