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Luiz Fernando Martini
Martini, paulistano de 58 anos, é um renomado plastimodelista profissional cuja paixão começou aos sete anos com um Boeing 707 da VARIG. Formado em desenho industrial e ex-ilustrador, encontrou sua verdadeira vocação no plastimodelismo. Dedica de 8 a 10 horas diárias à montagem e criação de conteúdo, focando especialmente em aviões da 2ª Guerra Mundial. Com 14 prêmios Best of Show, um total aproximado de mil kits montados e mais de 400 modelos em casa, seu acervo poderia render uma grande exposição. Para iniciantes, recomenda começar com kits de boa marca e escala pequena.
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Natural de Sao Paulo
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Email: luizmartini60@gmail.com
Apaixonado por aviões e com 400 modelos em casa, seu acervo daria uma grande exposição
Martini, paulistano de 58 anos, é um renomado plastimodelista profissional. Sua paixão pelo hobby começou aos sete anos, influenciado por um primo, que o apresentou ao mundo dos kits. Seu primeiro modelo foi um Boeing 707 da VARIG na escala 1/144, marcando o início de uma jornada que atravessou décadas. Inspirado por filmes de guerra e documentários históricos, a prática, que começou na infância, se tornou uma salvação durante a pandemia, quando se viu forçado a reinventar sua carreira.
Com uma formação em desenho industrial, trabalhou como ilustrador em agências de publicidade e grandes revistas, mas foi no plasti que encontrou sua verdadeira vocação. Criou contas nas redes sociais para divulgar seus trabalhos e, desde então, não parou mais. Sua especialidade e paixão são os aviões, mas já montou outros modelos, incluindo navios, tanques em escala 1/48, carros e motos.
A dedicação ao hobby é intensa: trabalha de 8 a 10 horas por dia, incluindo fins de semana e se divide entre a montagem dos modelos e a criação de conteúdo para seu canal no YouTube e perfil no Instagram. A produção de um modelo leva em torno de três semanas, considerando o tempo para a preparação do cenário, aplicação de grama, pintura de figuras, veículos e outros detalhes. Em alguns casos, modelos menores podem ser concluídos em até cinco dias, enquanto projetos mais complexos, como o porta-aviões americano USS Yorktown CV-10, levam até seis meses.
Martini prefere montar aviação alemã da 2ª Guerra Mundial, atraído pelas camuflagens únicas de cada avião. Entre os kits mais desafiadores estão o Dora na escala 1/72, o B-58 na escala 1/48 e o Yamato na escala 1/350. No entanto, o USS Yorktown CV-10 foi o mais trabalhoso, com a adição de mais de 14 folhas de photo-etched, peças de resina, deck de madeira, 52 aviões e mais de 250 figuras pintadas uma a uma.
O kit mais marcante de sua carreira foi o porta-aviões IJN Akagi na escala 1/350 da Hasegawa, com o qual ganhou seu primeiro Best of Show em 2010. Desde então, acumulou 14 desse prêmio, 13 deles com navios e um com um diorama do Heinkel HE-219 A-0. Também foi primeiro lugar com um modelo bimotor no concurso do IPMS USA (San Diego/ 1989) e no ano de 2021 foi premiado com a medalha de ouro no concurso online CMT (Centro Modellistico Torinese) nas modalidades Aviação Bimotor; Aviação Quadrimotor e Navio.
Recentemente, foi premiado no 27º Open GPC na categoria melhor kit Italeri com o Tornado G.R.I (1:32), montado para um cliente do Acre. “Foi um dos melhores que já montei. Utilizei vários conjuntos de photo-etched, pneus e armamento de resina, além de decais personalizados desenhados e impressos por mim”. Esse modelo também lhe rendeu outras duas premiações: 2º lugar no GPC e 1º no GPPSD.
Ao total já foram pra lá de mil montagens entre encomendas (160), coleções e presentes. Só em sua casa tem um acervo de mais de 400 modelos, o que daria uma bela exposição.
Aos que desejam iniciar no hobby e quem sabe se tornar um plastimodelista profissional ele tem um conselho: “Comece com um kit de marca boa, com poucas peças e em escala pequena. A escala 1/72 é a ideal. E, claro, não tenha pressa em terminar o modelo para começar outro.”
Uma curiosidade sobre o Tornado, vencedor do 27º GPC:
“Meu cliente do Acre veio buscar o Tornado e outros modelos para transporte aéreo, usando uma caixa de madeira e palitos de churrasco como proteção, apesar de o meu alerta sobre o risco. Após o voo, ele me enviou fotos mostrando que dois dos seis modelos foram danificados, e o Tornado sofreu várias quebras. Desanimado, ele considerou abandonar o hobby e pediu que eu vendesse os kits restantes. Sugeri que me enviasse o Tornado de volta, bem embalado, para que eu o reconstruísse sem custo, o que o emocionou, dizendo jamais ter se deparado com uma atitude assim. Reconstruí as peças quebradas, refiz a pintura e, após cerca de um mês, o Tornado estava como novo. Por enquanto ele ainda está comigo, aguardando ser levado de volta, desta vez de carro” – até que o kit não chega ao destino, o modelito segue firme e forte dando novas premiações ao seu montador.